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Tuesday, September 26, 2006

 

Definição de amor

O texto que será postado de seguida surgiu devido a uma iniciativa de António Rosa, o grande responsável pelo projecto anjo dourado(http://www.anjo-dourado.com/) e blogista fundador do blog http://anjonovalis.blogspot.com/ ,a quem eu atribuo um valor especial, apesar de não conhecer pessoalmente, somente através do meio bloguistico. Esta iniciativa consistiu numa convocação, através de um Post, aos bloguistas para deixarem um comment que fosse uma definição de amor, para mais tarde ser editado num livro com definições de amor por bloguistas. ( Para mais esclarecimentos, ver http://anjonovalis.blogspot.com/2006/09/que-o-amor.html ou www.queeoamor.blogspot.com)
Esta iniciativa e a ideia de poder ter um texto editado fez com que ficasse super motivado e que portanto me inspirasse para escrever este texto, espero que gostem então desta minha definição de amor.

Definir o amor é uma tarefa tão difícil como definir o sentido de tudo o que nos rodeia, é porém uma tarefa mais bonita e agradável de se fazer. Talvez tenha sido essa a razão que fez com que se tornasse o mote principal de todo o tipo de expressões artísticas ao longo da história da humanidade. São inúmeros os exemplos de interpretações do que é o amor nas artes, mas nunca é demais definir o sentimento que é também o tema principal das nossas vidas.
Por muito que tente explicar este sentimento nunca vou atingir um significado que esclareça toda a gente e que revele o seu único e verdadeiro sentido. Isso é impossível, o amor tem mais que um sentido e depende de como é sentido e por quem é sentido.
O amor é o sentimento que nos provoca vontade de integrar parte de nós, ou toda a nossa complexidade, noutro ser. Quando amamos alguém, algum lugar, algum ser da natureza, não queremos somente que esse algo faça parte da nossa vida, queremos nós fazer parte dessa individualidade, e transformá-la numa dualidade única, um novo ser nascido da fusão de dois seres apaixonados, um filho do amor, um amor materializado.
Há quem acredite que o amor é a razão e a explicação de tudo, que portanto tudo acontece por amor, eu não sei mas creio que sim. Quem defende esta teoria, defende com uma boa arma argumentativa, os exemplos: Deus criou o homem por amor, talvez tenha sentido a necessidade de se fundir num novo ser para formarem só um; O ser humano trabalha por amor, para alimentar a família que tanto ama; Um político escolhe o seu caminho por amor, querer o bem comum é um acto de amor; a guerra santa se calhar acontece por amor, é a maneira que certas pessoas em situações por vezes desesperantes ou de fanatismo cego encontram para expressar o seu amor por Deus; O próprio ódio acontece por amor, por falta dele, por desentendimento entre as partes que se amam, por dificuldade em se ser uno.
É portanto clara a dualidade do amor, assim como é clara para mim a dualidade de tudo o que conheço, o amor e o ódio são como duas páginas da mesma folha. É preciso já ter amado para se conseguir odiar, mas o amor é pai do ódio apesar de por vezes do ódio renascer amor.
O amor pode ser de vários tipos, ou melhor, quem ama divide o seu amor em secções, há o amor familiar, o amor romântico, o amor divino e o amor que se sente por tudo e todos os que nos rodeiaa. Seja como for, falar assim do amor de um modo filosófico ou cientifico quase que tira a beleza a este misterioso sentimento que no fundo é uma vela que atravessa vendavais e vales de bonança, intensificando-se, enfraquecendo mas sem nunca se apagar, é o sentimento que nos dói tanto quanto nos dá prazer, é o único sentimento capaz de levar pessoas a abdicarem delas próprias para se entregarem a outro ser. Poderia continuar a tentar embelezar o sentido do que é o amor mas isso já foi tantas vezes feito e de maneira tão sublime que preferi tentar expressá-lo da maneira mais clara que encontrei, mesmo que insuficiente. Mas a melhor maneira perceber o que é o amor é mesmo procurá-lo e senti-lo.

Sunday, September 24, 2006

 

Nada e tudo




Cores. Manchas. Imagens. Formas que remetem para algo entre o nada e coisa nenhuma. Se fosse dissertar sobre formas abstractas... Facilmente atingiria o local onde as borboletas vivem eternamente, fazendo da amanita o seu poiso temporário. O mesmo sítio onde dentes de gato aparecem sorridentes atrás de um arbusto e o império das cartas domina, acima de qualquer aposta. O mesmo sítio onde a música toca constantemente, baixinha, sem incomodar. Esse mesmo sítio onde são sempre 18 horas e, portanto, é sempre uma boa hora para beber um "não-chá". O sítio que faz do mundo um não-lugar, um mero ponto de passagem numa infinitude de caminhos sem um fim concreto, ou todos com o mesmo fim.
Mas não. Abstractas são as pessoas e os sentimentos que nelas habitam. Abstracto é o caminho que percorremos. Abstracta é a realidade (que não existe). Tudo mais não é nada e é tudo...

Saturday, September 23, 2006

 

Dúvidas existênciais (1):

Se o porco só tem quatro patas, donde é que vem o fiambre da perna extra?

 

Redassão: "O mano"

Quando eu tiver um mano vaisse chamar Herrare, porque Herrare é o mano. Eu vou gostar muito dele.

Fim

Wednesday, September 20, 2006

 

Palavras desnecessariamente conflituosas


Quem me conhece sabe que não sou racista, antes pelo contrário, se calhar sou o primeiro a me opor ao rótulo islâmico = criminoso e fanático, mas a verdade é que está-se cair numa situação que cedo se poderá tornar insustentável. Se querem fazer piadas ou comentários sobre o que quer que seja, não o façam relativamente ao Islão pois pode vos acontecer que estes sejam entendidos como ofensivos mesmo que não fosse essa a vossa intenção. Quando foram as caricaturas do profeta Maomé, achei que as reacções foram, de facto exageradas mas que também não havia necessidade de tal provocação numa altura de tensão ocidente/Islão. Recentemente o Papa criticou a guerra santa, nomeadamente a Jihad, referindo os islâmicos comos praticantes deste tipo de demonstração de fé. Aqui vai então parte do discurso proferido por Bento XVI: "O diálogo é sobretudo o conceito da fé descrito na Bíblia e no Corão e trata, em particular, das imagens de Deus e do homem, voltando-se repetidamente para a relação entre o que nós chamamos as "três leis": o Velho Testamento, o Novo Testamento e o Corão. .”…"Ele lhe diz: "Mostre-me então o que Maomé trouxe de novo. Você só encontrará coisas más e desumanas, como o direito de defender com a espada a fé que ele pregava". De facto este discurso pode ser considerado ofensivo, acho que a última frase que reprova Maomé e sua religião é desnecessária, mas não seria mais simples se os muçulmanos vissem este discurso, não como ofensivo mas sim como um apelo á paz e ao entendimento entre religiões? Mas não, já houve manifestações e acusações de que o discurso do Papa é um prelúdio para uma cruzada, quando no fundo é o contrário. Com este tipo de mentalidade será possível um entendimento e atingir a cada vez mais distante paz? Quando a guerra não envolve nenhum interesse em questão a não ser fazer guerra e aumentar as tensões não sei se chegaremos a algum lado...

 

Sabedoria anciã:

"Sabes netinho, acredito que os governantes deste país conseguirão dar volta à nossa pátria e voltar a trasnformá-la naquilo que já foi há muitos, muitos anos... Uma terra deserta e povoada de ninguém!"


tirado daqui.

Saturday, September 16, 2006

 

O Pico da beleza Lusitana (parte V)


Nos últimos dias estive na ilha azul onde pude desfrutar de uma paisagem muito bonita e fui ver baleias e golfinhos. No Faial, também chamado de ilha azul devido á abundância de hortenses, visitei a caldeira do faial, uma cratera gigante que hoje em dia está repleta de vegetação graciosa Quem olha lá de cima para este vale, parece estar a ver o vale de Éden. Em contraste com esta preciosidade está o famoso vulcão dos capelinhos, monte de cinza, com um farol em ruínas e praticamente desprovido de vegetação. .A visita aos golfinhos e ás baleias foi bastante impressionante. Apesar de não termos visto nenhuma baleia a sair de fora de água, vimos uma data de golfinhos pintados a saltarem á nossa volta e um peixe voador. Foram dias de contacto directo com a natureza, sinto que estive no pico, ou num dos picos da beleza natural lusitana





Nenhuma das fotografias deste post e uma do anterior ( a que se vê as fajãs de longe) são da autoria do autor

Mundiano

Thursday, September 14, 2006

 

O Pico da beleza Lusitana (parte IV)


Nos outros dias dei a volta á ilha, parei numa terra á procura de certa descrição literária que afinal fora substituída por um campo de futebol; fui a S.Jorge, Faial e fui em busca de baleias e golfinhos. Em S.Jorge fui a um sitio verdadeiramente deslumbrante, a Fajã de Cubres e a Fajã da Caldeira de S.Cristo. Depois de se andar uns quilómetros por estradas verdejantes e azuladas pelas hortenses, chega-se a um miradouro decorado por vegetação multicolorida onde se vê as fajãs de longe. Chegado á Fajã de Cubres, pude contactar com a população residente, falei com um senhor que tinha estado uns anos nos E.U.A, que se queixava que a Fajã não é sitio para viver, só para passar ferias. Perguntei então porquê que lá vivia, ele que conhecia a terra do desenvolvimento e dos filmes. Respondeu-me que era porque gostava mais de lá viver, fiquei um pouco baralhado com esta posição contraditória mas cedo percebi sua razão de ser. O mundo desenvolvido pode ser uma grande atracção para aqueles que vivem numa zona que poucos sinais tem da civilização, mas cedo se pode tornar uma desilusão. Este sentimento, juntamente com a saudade dos seus queridos, com a paz e beleza de uma daquelas fajãs faz uma pessoa querer voltar. Eu que não sou de lá nem tenho raízes que me liguem lá, fiquei com vontade de lá regressar e levar todos os que gosto. Foi precisamente a fazer o caminho dos 4 quilómetros até á Fajã da caldeira de S.Cristo que cheguei a esta conclusão ao me aperceber da beleza surreal do local. O caminho era um túnel verde que se abria para paisagens verdadeiramente encantadoras de montanha fértil do lado esquerdo e do lado direito, precipícios sobre um mar pintado em vários tons azulados e esverdeados...Senti-me perto do paraíso.

Wednesday, September 13, 2006

 

O Pico da beleza Lusitana (parte III)


No dia seguinte fiz a subida ao pico mais alto de Portugal, 2351 metros mas começando a partir da altitude de 1200 metros. Uma subida destas é custosa e cheia de ilusões, enquanto vamos subindo, vamos sempre vendo um pico que pensamos ser já o topo, o problema é que vai-se nessa sensação durante cerca de três horas. Á medida que se vai subindo vai-se vendo cada vez mais da ilha e das ilhas que estão á volta, passa-se por plataformas de relva natural onde sabe bem descansar e sentir a paz de estar acima das nuvens. Há certas partes do trilho onde se vai constantemente a deslizar por cima de pedras soltas donde saem borboletas assustadas. Lá em cima a sensação é de espirito e corpo elevado, há quem durma lá para depois ver o nascer do sol.

Tuesday, September 12, 2006

 

O Pico da beleza Lusitana (parte II)


Os dias têm sido cheios de actividade, há quem não acredite, mesmo aqueles que já cá estiveram, mas na ilha do pico há muito para fazer. No primeiro dia fui visitar S. Roque onde costumavam atracar as embarcações baleeiras e ficava uma fábrica de indústria baleeira que agora é um museu dedicado a esse tema. Para quem não sabe, a cabeça do cachalote contem toneladas de um produto chamado espermacete, que tem inúmeras utilizações. Este tipo de indústria foi impulsionado pelos americanos mas feito nesta ilha á maneira portuguesa, ou deverei dizer “á maneira açoriana”? Enquanto que no E.U.A usavam-se grandes embarcações, com sofisticados sistemas de segurança e meios de caçar estes pacíficos bichos, no pico usavam-se pequenos barcos e o clássico arpão. Noutro dia tive a possibilidade de visitar o museu dos baleeiros nas Lajes do Pico, aqui há uma grande exaltação á coragem dos baleeiros açorianos por enfrentarem estes perigosíssimos animais. A verdade é que este é um dos animais mais pacíficos que andam no mar, nunca se soube de nenhuma embarcação atacada por um cachalote, quando se sente ameaçado ou que a sua cria está em perigo, este cetáceo não ataca, foge ou salva a cria. É por isso que não dou grande valor aos baleeiros, a sua prática não é perigosa, claro que exige ser valente mas felizmente nunca ninguém morreu a praticá-la. Foi por isso que saí a meio do filme apresentado no museu dos baleeiros, que glorificava esta espécie de pescadores. Para mim, estes são como forcados do mar, ganham uns trocos mas o que os motiva é a adrenalina, a diversão e a reputação que ganham. No mesmo dia que visitei S.Roque fui também á lagoa do capitão onde uma paisagem idílica abençoou meus olhos e purificou-me o espírito.

Mundiano

Monday, September 11, 2006

 

O Pico da beleza Lusitana (parte I)


Da última vez que estive no pico ficou-me a ideia de que esta ilha era árida, seca e pouco interessante, aparte das espectaculares baleias e golfinhos e do monumental Pico, nada mais me pareceu atraente. Esta ideia que me ficou, penso que se deveu ao meu estado de espírito na altura , não que estivesse deprimido ou assim, penso que era mais uma das minhas fases psicológicas em que tudo me parece desinteressante e a minha cabeça vagueia por lugares que preferia não conhecer. Desde que estou aqui desta vez, esta paisagem e esta gente tem-me encantado de uma maneira que não esperava e a aridez com que vinha a contar, não sei para onde fugiu, isto é verde, humidozinho e a temperatura, ao saber da nossa chegada parece que resolveu ser boa anfitriã. Pensava que vinha para as ilhas descansar, cheguei a temer a monotonia, mas a verdade é que desde que cá estou ainda não parei, tenho descansado a cabeça de todos os inconvenientes típicos da vida urbana, tenho me entregado ás maravilhas da ruralidade mas no fim do dia tenho o corpo todo partido. Este estado faz com que chegue á noite e descanse muito mais profundamente. Mas não estamos a falar de uma noite qualquer, aqui no pico, longe da civilização como é a casa onde estou, sente-se uma paz misteriosa e de certa maneira engraçada. Por não haver luz artificial a quilómetros de distância o céu é estrelado de uma maneira que, devido ao desenvolvimento urbano, muita gente nunca teve, nem irá ter o privilégio de ver. Outra coisa fascinante, também só perceptível á noite, é o barulho que fazem umas aves típicas desta ilha chamadas cagarros. Ao contrário da maioria dos sons emitidos por aves, o cantar do cagarro é muito expressivo, é quase como se fossem humanos a ter conversas, as mesmas entoações e intenções captáveis através de certos tons e volumes, mas nada é dito, o som em si faz lembrar os gritos de um bebé com estalinhos pelo meio.

Mundiano

A parte 2 sai amanhã e pretende-se que saia uma por dia. Espero que gostem

Sunday, September 03, 2006

 

Mês de agosto



Quero pedir desculpa em nome do criador deste blog, que em parte também sou eu, a todos os fiéis leitores deste blog, por quem temos um respeito enorme e a quem agradecemos todo o apoio. Como espero que tenham reparado, durante o mês de Agosto, o Iandiwords esteve praticamente inactivo, no que toca a posts, porém nós não, estivemos em grande actividade, o que nos incapacitou de publicar o que quer que fosse. Pois é, durante este mês só passámos 9 dias inteiros em casa e foram a preparar as coisas para a próxima viagem. Mas penso que não foram em vão estes dias, não foram só lazer, também foram aprendizagem e inspiração. Num mês estivemos no meio do atlântico onde absorvemos tudo o que a natureza daquele lugar nos ofereceu, no norte da Europa, num festival em que paradoxalmente a cultura jamaicana é o tema e por fim cheguei ontem de um país asiático onde a espiritualidade, o misticismo e a harmonia entre religiões nos ensinaram muito e donde o resto do mundo devia seguir o exemplo.
É assim que justificamos a inactividade de posts aqui no Iandiwords e é assim, através de posts relacionados com as experiências passadas este mês que pretendemos recompensar aqueles que nos têm seguido.


Iandi/mundiano

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