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Monday, July 31, 2006

 

memória de uma realidade esquecida


Às vezes sinto um vazio, uma ausência de algo essencial, ás vezes sinto-me fechado neste mundo e quase sinto claustrofobia, Outras vezes sinto-me crescer, sinto a maré da inspiração a subir e quando está cheia posso passear por lugares férteis da minha espiritualidade. Mas nem por isso me sinto livre ou completo, sinto que sinto algo parecido, assim como que uma memória de uma realidade da qual não me lembro, mas ainda assim é uma memória, um sentimento familiar…

Sunday, July 30, 2006

 

Guerra vista da janela


Vi esta imagem no Expresso da semana passada e fiquei impressionado, ainda andei a fazer pesquisas profundas no maior e mais acessível arquivo de imagens, textos, sons e filmes do mundo, a Internet, até que me lembrei de fazer um scanning da imagem da revista para o computador.
Com esta imagem vinha o seguinte texto, mas versão completa: "NEM os constantes raides da aviação israelita demoveram os libaneses de atentarem, tranquilamente, na mensagem televisiva do líder do movimento Xiita Hezbollah, xeque Hassan Nasrallah, no passado domingo. Em pano de fundo o fumo negro resultante das sucessivas explosões nos subúrbios xiitas de Beirute. «Israel abriu as portas do inferno e da loucura. Responderemos com toda a força», prometia Nasrallah."
Nesta imagem vemos libaneses a ver notícias de guerra na televisão e do seu terraço. A guerra acontece á sua frente, podem vê-la da janela. Nós também vemos a guerra da nossa janela para o mundo, a televisão, mas da nossa janela não estamos em posição de levar com uma bomba ou de ver "olha uma bomba rebentou com a empresa onde trabalho, perdi o emprego". Esta janela distancia-nos a milhas da dureza que é a vida das vitimas de guerra, que em muitos casos nunca conheceram outra realidade, como é o caso das 34 crianças que foram vitimas mortais do ataque aéreo israelita que aconteceu esta manhã em Qana, no Sul do Líbano. Nós podemos dizer que nos preocupamos, que temos pena, mas a verdade é que estamos a falar de uma situação, de uma condição que não conhecemos. Israel abriu as portas do inferno islâmico e o Hezbollah abriu as portas do inferno judaico.
E quem é que tem razão nesta guerra? Israel? O Líbano, o Hezbollah? Os E.U.A? A O.N.U?... Nenhum deles, quem tem razão é quem não pratica a guerra nem quer ter nada a ver com isso

Monday, July 24, 2006

 

Existem locais abençoados?e amaldiçoados?

Nunca se perguntaram o porquê de certos sítios do mundo serem constantemente alvo de conflitos e catástrofes naturais enquanto do outro lado do mundo vive-se pacificamente e em condições significativamente melhores. Nunca se perguntaram porque é que os que vivem em piores condições são mais frequentemente vítimas de guerras e catástrofes naturais. Será mero acaso? Será porque a pobreza gera descontentamento e o descontentamento gera conflito? E as catástrofes naturais mais frequentes em certos locais do globo? Como é que isso se explica? Como é que se explica que o ano passado, devido a um movimento tectónico a indonésia e grande parte da Ásia ficaram parcialmente devastadas e que este ano a indonésia volte a levar com o mesmo desastre, mas em escala menor? Qual a explicação para um conflito israel-Arabe que dura há séculos? Qual a explicação para que essa zona do médio oriente seja desde que dela se sabe, palco de grandes conflitos (invasões romanas, perseguições de Cristãos, invasões árabes, GUERRA, GUERRA, GUERRA).
Por vezes parece que esses sítios parecem já ter o seu destino traçado e se imaginarmos não conseguimos ver outra realidade a acontecer nesses estranhos lugares. Segundo os meus amigos da astrologia, do misticismo e das ciências esotéricas, tudo tem uma explicação, nada é por acaso, tudo faz parte de um processo construtivo de aprendizagem e evolução espiritual. Para mim estas explicações fazem muito sentido, mas segundo essa ordem de ideias, há de facto certos sítios que estão destinados a certo fado. E para provar que isto faz tudo parte de um plano, de uma escalada espiritual, estes senhores encontram explicações astrológicas para tudo, incluindo o conflito que se acentuou recentemente entre Israel e o Líbano. Podem encontrar as explicações astrológicas deste conflito no seguinte blog http://anjonovalis.blogspot.com/2006_07_01_anjonovalis_archive.html é um texto chamado "Uma breve visão astrológica da guerra no Médio Oriente" editado a Domingo, Julho 23, 2006. Vão lá ver e aproveitem para ver o Blog que está muito bom e interessante

Sunday, July 16, 2006

 

O sonho de um dia de verão na praia do Português




Hoje é aquele
dia em que o Português sai de casa, entra numa caixa que está a cerca de 50 graus centígrados e dirige-se com a família mais um grande farnel e muita tralha para a praia. Para isso, tem que estar nessa caixa durante cerca de meia hora a uma hora, numa coisa que o português parece gostar, chamado transito. Nesse tempo passado no transito são vários os entretenimentos, os gritos e choros de sofrimento das crianças, o calor gerador de suor e odor desagradável, o som das buzinas, os insultos dos automobilistas, as manobras complicadas, a procura do lugar mais perto da praia que acaba no local mais longe da praia por estar tudo lotado. Mas isto são os sacrifícios pelos quais o Português tem que passar para ter o seu esperado dia de verão na praia, agora é só fazer o caminho a pé até á praia. Chegado na praia, o Português depara-se com mais uns obstáculo divertidos que são atravessar a praia a correr devido ao calor da areia, com a família atrás e com cuidado para não encher de areia nem pisar a multidão estendida na praia e depois procurar um espaço entre o mar de gente onde possa caber a família e o grelhador, mesmo que colados aos vizinhos do lado. Na praia, o português tenta ficar umas horas ao sol para ver se apanha um bronze para poder dizer aos amigos que foi á praia. Já a sofrer com o calor abrasante do sol a bater no corpo vai ao mar na esperança de dar um refrescante mergulho e mandar uma mijinha. Depois da aventura de tentar se aliviar enquanto as ondas e as pessoas constantemente batem nele, volta para o seu lugar ao sol, sacode a toalha descuidadamente enchendo o farnel de areia. Come comida com areia e resolve sair da praia as cinco e meia/seis, mesmo na altura em que todos tiveram a mesma ideia (afinal o português não é só um). Mais uma hora no trânsito para chegar a casa e não conseguir tomar banho nem dormir devido ao incrível escaldão que o dia lhe provocou. Isto é que é o dia de verão que o Português sonha todo o ano, esta grande aventura, somos de facto um povo de coragem.

Sunday, July 02, 2006

 

Portuguibração

Guiados por um irmão de língua, um filho de antepassados lusos, segue a equipa lusitana como que abençoada pelo espírito daqueles que glorificaram a bandeira portuguesa. Um povo de coragem, um povo mestiço, filho de invasões mouras, dos descobrimentos, de invasões barbaras e da imigração, somos todos nós os que estamos neste rectângulo pequenino mas com tanto para contar. O nosso nacionalismo não serve para nos distinguirmos dos outros mas para nos aproximarmos a nós próprios como nação mesclada. Vem um pastor do outro lado do oceano, de um país irmão de língua, chegado a Portugal é recebido pelo país como português. É este senhor que comanda a selecção portuguesa, é este senhor que tantos portugueses admiram e que estão dispostos a santificar.
É de facto uma das coisas mais bonitas de se ver, é este país a vibrar ao som da vitória, é ver este povo todo virado para o mesmo ecrã, a sofrer as mesmas inquietações, a celebrar pela mesma razão.




Este texto era suposto ter saido a semana passada, por inspiração da incrivel vibração que senti ao ter visto o jogo contra a inglaterra. Vi este jogo no Montijo, terra do Ricardo, homem que se destacou notavelmente neste jogo. Foi para mim um momento inspirador estar numa tasca no meio do montijo onde se sentia toda aquela portugalidade a que chamam bimbalhiçe mas que eu considero bonito e romantico. Foi de sentir essa portuguibração que me veio a inspiração para escrever esse texto que não saiu a tempo e horas devido ao blogger não me ter permitido pôr as imagens que eu queria. Mas pronto, espero que gostem, mesmo que tenhamos perdido, e que sintam o mesmo que eu sinto, que se identifiquem e que mais uma vez comentem.

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