.comment-link {margin-left:.6em;}

Thursday, September 14, 2006

 

O Pico da beleza Lusitana (parte IV)


Nos outros dias dei a volta á ilha, parei numa terra á procura de certa descrição literária que afinal fora substituída por um campo de futebol; fui a S.Jorge, Faial e fui em busca de baleias e golfinhos. Em S.Jorge fui a um sitio verdadeiramente deslumbrante, a Fajã de Cubres e a Fajã da Caldeira de S.Cristo. Depois de se andar uns quilómetros por estradas verdejantes e azuladas pelas hortenses, chega-se a um miradouro decorado por vegetação multicolorida onde se vê as fajãs de longe. Chegado á Fajã de Cubres, pude contactar com a população residente, falei com um senhor que tinha estado uns anos nos E.U.A, que se queixava que a Fajã não é sitio para viver, só para passar ferias. Perguntei então porquê que lá vivia, ele que conhecia a terra do desenvolvimento e dos filmes. Respondeu-me que era porque gostava mais de lá viver, fiquei um pouco baralhado com esta posição contraditória mas cedo percebi sua razão de ser. O mundo desenvolvido pode ser uma grande atracção para aqueles que vivem numa zona que poucos sinais tem da civilização, mas cedo se pode tornar uma desilusão. Este sentimento, juntamente com a saudade dos seus queridos, com a paz e beleza de uma daquelas fajãs faz uma pessoa querer voltar. Eu que não sou de lá nem tenho raízes que me liguem lá, fiquei com vontade de lá regressar e levar todos os que gosto. Foi precisamente a fazer o caminho dos 4 quilómetros até á Fajã da caldeira de S.Cristo que cheguei a esta conclusão ao me aperceber da beleza surreal do local. O caminho era um túnel verde que se abria para paisagens verdadeiramente encantadoras de montanha fértil do lado esquerdo e do lado direito, precipícios sobre um mar pintado em vários tons azulados e esverdeados...Senti-me perto do paraíso.

Comments: Post a Comment



<< Home

This page is powered by Blogger. Isn't yours?