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Friday, March 09, 2007

 

Momento de reflexão

"Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas não esqueço de que a minha vida é a maior empresa do mundo. E que posso evitar que ela vá à falência. Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise. Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história. É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma. É agradecer a Deus cada manhã pelo milagre da vida. Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um não. É ter seguranca para receber uma crítica, mesmo que injusta. Pedras no caminho? Guardo todas, e um dia vou construir um castelo... "

F.P.

 

Tributo á natureza feminina


Ontem foi dia da mulher e pareceu-me bem prestar uma homenagem a todas as mulheres, que bem merecem. Afinal todos nós vimos da barriga de uma mulher e muitos de nós somos dependentes de mulheres.
Há um tempo foi-me pedido que fizesse um trabalho que estivesse relacionado com cultura, como tenho um certo interesse pelo ser feminino e talvez devido a alguma influencia maternal feminista, resolvi analisar o papel da mulher na cultura e o efeito da cultura na história da mulher. Depois de analisarmos a história da mulher apercebemo-nos que só a partir do século passado é que as mulheres começaram a ter realmente alguma relevância na cultura. Porquê? Perguntei-me, apesar de saber que a causa estava na opressão exercida sobre a mulher na maioria das culturas conhecidas, mas a minha dúvida era mais profunda, qual a razão para a história ter caminhado nesse sentido. É claro hoje em dia que as mulheres têm e sempre tiveram as mesmas capacidades intelectuais que os homens, por isso a única explicação que me pareceu coerente foi que a capacidade física superior dos homens e a fragilidade afectiva das mulheres que fez com que os homens conseguissem ter mais poder que as mulheres. Isto faz algum sentido se tivermos em conta que as culturas do antigamente sempre associaram poder á força, daí as constantes guerras e a violência como método político. Mas hoje em dia as coisas estão diferentes, as mulheres têm os mesmos direitos que os homens em todas as sociedades desenvolvidas mas os homens continuam a ocupar mais cargos de chefia, a ganhar mais que as mulheres e são em muito maior número na politica que as Senhoras, quando estas são em maior número nas faculdades e começam a haver muito mais mulheres licenciadas do que homens. Será então que esta situação se vai manter?
Segundo alguns estudos, parece que não, uma vez que a tendência é as mulheres serem cada vez mais qualificadas que os homens, se o machismo cultural não se opuser, o futuro vai ser dominado por mulheres, estas vão passar a ser o sexo forte. Já se começa a falar de conceitos como o mito da boa dirigente que “alimenta-se da ideia de que as mulheres privilegiam a integração, a igualdade e a interacção, que incentivam a participação, que partilham o poder e a informação e que concedem maior importância á vertente relacional. E, ainda que se baseiam mais no poder pessoal do que formal, isto é, no poder que não depende da posição ocupada mas nas capacidade para instaurar confiança, o respeito mutuo e a credibilidade.” Fala-se também do “soft power” que consiste num “conceito politico que designa a capacidade de alcançar os objectivos através da sedução, da persuasão e não da imposição” característica mais presente na natureza feminina.

Assim presto homenagem ao ser mais bonito e encantador do mundo, com uma mensagem feminista que espero que sirva de motivação e inspiração a todas as mulheres para que contribuam para construir um mundo melhor.

Fontes:

"As mulheres e a história" de Duby G e M Perrot

Eurostat

Wikipedia

Friday, March 02, 2007

 

Quando o governo desgoverna


Hoje em dia as rotas das drogas, assim como as suas proveniências são mais que conhecidas. É sabido que a maioria dos canabinoides, principalmente o Hash vêm de Marrocos e do médio oriente, a Cocaína que vai para os E.U.A e mesmo para a Europa vem da América do Sul e a Heroína chega á Europa vinda do médio oriente. Mas se assim é, porque é que ainda não se erradicou o negócio da droga do mundo, uma vez que há tanta informação precisa sobre a sua origem?
Já me pus esta questão algumas vezes e sempre suspeitei de uma resposta: há forças poderosas interessadas em que este negócio se mantenha vivo. Não falo só dos produtores e traficantes mais enriquecidos, falo também de políticos e empresários que têm as mãos sujas deste dinheiro que a uns trás prosperidade a outros trás ruína. Pude confirmar esta suspeita a semana passada ao visionar um documentário que passou no canal 2. Esta peça falava do fenómeno da heroína no Afeganistão, começava por acompanhar um dia de um toxicodependente em Cabul. É impressionante a maneira como este sujeito é tratado pela população que o insulta publicamente em grupo, atira-lhe objectos e empurra-o como se fosse um cão. É tratado de tal maneira que nos faz pensar que os toxicodependentes do nosso país têm um tratamento de luxo e que o sonho dos drogados no Afeganistão provavelmente é serem toxicodependentes na Europa. Mas o que mais choca no documentário é a maneira como se processa o negócio da heroína neste país onde o irmão do presidente é acusado de ser um dos maiores produtores de heroína do país. Passando para outra cidade mais a norte do Afeganistão onde se encontram a maioria das plantações de papoula, a planta de onde se extrai o ópio e a heroína. Nesta cidade a pobreza da população é visível, parece não haver uma classe média, avaliando os edifícios de habitação e as casas mais pomposos são autenticas mansões. Ao chegar ao bairro onde se encontram este tipo de habitações, os jornalistas responsáveis pelo documentário resolvem perguntar a um policia que está a guardar uma casa “de quem são estas casas” ao que este responde que são de traficantes de droga, “mas todas?” pergunta o jornalista, “algumas são de membros de governos e de embaixadores mas a maioria são dos traficantes” responde-lhe o oficial da lei. Isto pode parecer estranho mas se tivermos em conta que a economia deste país “depende da agricultura (principalmente da papoula) e da criação de gado”, isto começa a fazer algum sentido. Passado um bocado os jornalistas conseguem que alguém os leve a uma plantação de papoula e ficam espantados quando se apercebem que esta fica a poucos quilómetros da cidade onde estavam e não parece estar minimamente escondida. Chegados lá são orientados pelo responsável pela plantação que se recusa a identificar o dono da plantação dizendo apenas que têm que pagar uma percentagem dos lucros de exportação a Talibans. Os jornalistas comunicam com funcionários da plantação que alguns deles não parecem ter mais de doze anos e passado um bocado têm que se retirar porque são avisados que os Talibans devem estar a aparecer e que se por acaso vêem os jornalistas na plantação que os matam a todos. Dirigem-se então, guiados pelo responsável pela plantação a casa do presidente desta cidade o que só por si é muito suspeito. Durante a sua investigação, os jornalistas ainda vão a um mercado que segundo dizem funciona como a bolsa, é onde se estabelecem os preços, se testa a qualidade dos produtos e se faz as transacções comerciais e têm acesso a produtos empacotados e selados, estes selos de fabricante são autênticos logótipos publicitários, com slogans, desenhos de camelos palmeiras ou mesmo seringas, o nome do fabricante e se for preciso a morada e contactos.
Chegamos á conclusão que este negócio no Afeganistão funciona como sendo legal mas a verdade é que não é, assim como o negócio da cocaína na América do Sul, mas se os governantes estão envolvidos no comércio e de certa forma o protegem é natural que este negócio prospere e que atinja a Europa e outras zonas do mundo.

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