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Tuesday, September 12, 2006

 

O Pico da beleza Lusitana (parte II)


Os dias têm sido cheios de actividade, há quem não acredite, mesmo aqueles que já cá estiveram, mas na ilha do pico há muito para fazer. No primeiro dia fui visitar S. Roque onde costumavam atracar as embarcações baleeiras e ficava uma fábrica de indústria baleeira que agora é um museu dedicado a esse tema. Para quem não sabe, a cabeça do cachalote contem toneladas de um produto chamado espermacete, que tem inúmeras utilizações. Este tipo de indústria foi impulsionado pelos americanos mas feito nesta ilha á maneira portuguesa, ou deverei dizer “á maneira açoriana”? Enquanto que no E.U.A usavam-se grandes embarcações, com sofisticados sistemas de segurança e meios de caçar estes pacíficos bichos, no pico usavam-se pequenos barcos e o clássico arpão. Noutro dia tive a possibilidade de visitar o museu dos baleeiros nas Lajes do Pico, aqui há uma grande exaltação á coragem dos baleeiros açorianos por enfrentarem estes perigosíssimos animais. A verdade é que este é um dos animais mais pacíficos que andam no mar, nunca se soube de nenhuma embarcação atacada por um cachalote, quando se sente ameaçado ou que a sua cria está em perigo, este cetáceo não ataca, foge ou salva a cria. É por isso que não dou grande valor aos baleeiros, a sua prática não é perigosa, claro que exige ser valente mas felizmente nunca ninguém morreu a praticá-la. Foi por isso que saí a meio do filme apresentado no museu dos baleeiros, que glorificava esta espécie de pescadores. Para mim, estes são como forcados do mar, ganham uns trocos mas o que os motiva é a adrenalina, a diversão e a reputação que ganham. No mesmo dia que visitei S.Roque fui também á lagoa do capitão onde uma paisagem idílica abençoou meus olhos e purificou-me o espírito.

Mundiano

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