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Sunday, August 31, 2008

 

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Vermelhos são os teus beijos...



QUASE
que me queimam...

Monday, August 25, 2008

 

Candonga pa Quinhamel












Fotografia tirada por Margarida Madureira





Fotografia tirada por Margarida Madureira

Fotografia tirada por Margarida Madureira

Fotografia tirada por Tânia Vicente
Fotografia tirada por Tânia Vicente




Sunday, August 10, 2008

 

Notícias de Bissau (percepção inicial da realidade)

Pensar que Bissau é uma cidade surreal é aperceber-me o quão fechado vivo e vivemos todos na nossa realidade. Ouvimos falar nas notícias de miséria e caos social no mundo mas nunca nos apercebemos que é real, que de facto existe. Bissau parece ser uma cidade esquecida pela civilização, como uma criança que os pais criaram e educaram e que abandonaram ainda muito nova. Durante o dia conseguimos ver como está perdida e confusa ao atravessar o mercado do Bandim onde a lama vermelha se mistura com o lixo, onde mulheres vendem comida em barracas de madeira com toldos de plástico e onde homens agarram dúzias de galinhas vivas pelas patas e assim as têm penduradas até que alguém as compre. Ao sairmos do mercado em direcção à rotunda principal (zona também chamada de império) passamos por ruas de terra batida rodeadas por casas degradadas do tempo do colonialismo, por onde se passeiam crianças pobres que vendem mangas ou tabaco, lado a lado com porcos, galinhas e jipes de luxo importados, com vidros fumados e jantes especiais.


É perverso este contraste, é perversa a maneira como esta cidade imatura é usada e abusada sem ganhar nada com isso e é comovente a boa disposição, humildade e sentido de humor com que este povo lida com isto tudo.

Mas é na escuridão da noite que nos apercebemos da solidão desta cidade, é nos postes de luz apagados e no céu pouco estrelado que constatamos que esta cidade deve ter sido esquecida por quem a criou.
Penso que o que esta cidade tem de mais bonito e interessante são as pessoas que a habitam e a maneira como a urbe se funde com a ruralidade. É uma experiência interessante sair de um Toca-toca (mini-van apinhada de gente, 12 a 30 pessoas) na estrada principal onde o caos reina, andar uns metros e entrar na tranquilidade do bairro de Belém.

Aqui o chão todo ele é terra vermelha e a vegetação é abundante. No caminho que aqui fiz, debaixo de chuva, passei por uma zona enlameada onde haviam umas poucas casas de cimento com tecto de zinco, no chão em cima de uma poça de água estava uma inesperada capota arrancada de uma carrinha onde um galo mandava o seu cantar das 5 da tarde. Continuando por entre as casas, percorrendo caminhos estreitos e pontes improvisadas por cima de minúsculos canais que suponho que sejam esgoto, as pessoas olham-nos com espanto e curiosidade por estarem brancos naquelas redondezas, as crianças ficam petrificadas ou entusiasmadas a olhar para nós com olhos de primeira vez.

Felizmente já tive possibilidade de contactar e conversar com estas gentes e já começo a compreender a personalidade cultural deste povo. Como em todo o lado, há pessoas boas e pessoas más, mas de maneira geral é um povo humilde generouso, genuino, com sentido de humor e que quando sorri com a boca também sorri com os olhos. Quero conhecer melhor estas pessoas,quero conhecer melhor este país.


Ps: Ainda tenho muito para dizer sobre a Guiné Bissau e a minha experiência, assim que tiver possibilidade voltarei aqui para dar notícias

Monday, August 04, 2008

 

Hoje

sinto-me assim (:






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