.comment-link {margin-left:.6em;}

Sunday, September 04, 2005

 

o incrivel mundo d azi

Azi desde pequenino que mostrara grande interesse pela história do Peter Pan. Até aos 10 anos pedia sempre á sua mãe que lhe contasse a história antes de ir dormir e acreditava mesmo que existia uma terra do nunca ou algo parecido. Azi, apesar de ser meio português, veio de um país asiático onde sofreu durante a infância alguma descriminação. Isto juntamente com a morte de um avô muito próximo aos 6 anos, fez com que o jovem azi amadurecesse muito cedo. Aos 8 anos os pais andavam preocupados com Azi pois este comportava-se como um adulto, sua expressão tinha a seriedade própria de um homem de 50 anos que vivera muito. Sua maneira de estar perante os adultos, sua sabedoria cultural e educação permitiam-lhe participar nas conversas dos adultos de igual para igual, e por vezes de superior para inferior que era o que preocupava mais os pais. Levaram-no a um pedopsiquiatria que disse que o facto de este ter sido alvo de descriminação no mundo das crianças o levara a tentar integrar-se no mundo dos adultos. Isto associado á perca do avô e á sua incrível inteligência fizeram-no encarar a vida de uma maneira mais seca e prática ao contrário das crianças da idade dele. Por pedido da avó asiática, levaram Azi a um orientador budista que explicou que Azi se encontrava num dos patamares espirituais mais altos da evolução karmica. Apesar desta prematuridade de Azi, este rapaz permaneceu uma criança por dentro até muito tarde. A postura de adulto foi a maneira que encontrou para lidar com a realidade. Azi continuou a viver muito a fantasia e a refugiar-se da realidade, escondendo-se no mundo dos filmes, desenhos animados, livros ou mundos inventados por si. Quando entrou na adolescência, Azi deixou a história do Peter Pan para trás, deixou de tentar ir á terra do nunca e passou a viver mais no mundo real. Fez amizade com pessoas da idade dele e aos doze anos mudou-se para Portugal. Esta mudança revoltou-o verdadeiramente pois sentira que no momento em que já tinha amigos da sua idade teve que os deixar de ver. Em Portugal teve dificuldades de inserção mas lá arranjou um grupinho de amigos com quem se refugiava da realidade, mas desta vez através de substâncias. O facto de ter vivido muito cedo como um adulto fez com que nunca quisesse crescer, criou nele um medo do mundo dos adultos, sentia todos os dias necessidade de se refugiar do mundo real e todos os dias o fazia através de substâncias. Apesar de ter passado por várias experiências psicadélicas, aos 18 anos Azi sentia que nunca tinha entrado naquele mundo que sonhava e procurava, em que tudo o que desejava ser possível neste mundo e que não era, lá existia e acontecia. Foi quando conheceu um sujeito curioso que fez com que a sua vida desse uma grande reviravolta. Conheceu-o na escola, aliás era o seu professor de filosofia. Este professor de nome Jaime era uma personagem interessante, devia ter uns 25 anos, era baixinho de cabelo castanho despenteado e uma barba semi-curta. Seus olhos eram de um verde acastanhado forte e brilhavam como se dissessem que viam para alem da realidade preceptiva. Desde que se conheceram que Azi e Jaime se deram bem e nas aulas de filosofia debatia-se mais questões filosóficas do que se dava matéria. A verdade é que este método resultava pois a matéria ia-se interiorizando na cabeça dos alunos sem estes darem por isso. Azi ficou fascinado por encontrar alguém com quem podia finalmente debater as ideias que anteriormente debatia consigo próprio. O professor Jaime detectou desde cedo um grande desenvolvimento filosófico e espiritual na mente deste jovem. Com o decorrer do tempo o professor foi percebendo que o rapaz andava a fazer experiências alucinogénicas e decidiu que ia ter uma conversa com ele de amigo para amigo para tentar perceber o que se passava na mente deste rapaz que parecia perturbado.
No fim de uma aula o professor de filosofia chamou Azi á parte e esperou que os alunos saíssem. Mal estes saíram perguntou a Azi se lhe dava jeito conversar, este respondeu que tinha coisas combinadas mas que podiam combinar mais tarde. Combinaram ir beber um copo.
Durante a tarde Jaime encontrou-se com os amigos com quem tinha combinado e tiveram a fumar um hashishe do Nepal que deixou Azi num estado de delírio agradável, flutuou em pensamentos contraditórios que o faziam balançar ao ponto de ficar tonto e quando os pensamentos eram em demasia sentia-se num tornado que o levantava do chão. Foi neste estado que chegou a casa, sentindo a cabeça como um caleidoscópio. Sua mãe, conservadora experiente e de forte preocupação maternal, apercebeu-se que o filho não estava sóbrio e perguntou-lhe num tom de sermão.
-Filho, o que é que andaste a fazer, estás pedrado não tás!?
-Não mãe, não me chateies, deixa me tar em paz
-Em paz pa te meteres na droga é? Não penses que eu e o teu pai vamos andar a sustentar um drogado cá em casa!
O que a mãe lhe disse entrou-lhe na cabeça com um peso que sentiu a cabeça rebentar. O fogo na cabeça provocou uma reacção agressiva, pegou nas suas coisas, roubou o dinheiro ao pai e gritou:
-Não querem cá um drogado então o drogado vai-se embora
Saiu em lágrimas e com a cabeça em parafuso e foi para a rua á procura de escape da realidade escura e pesada em que se encontrava.


A CONTINUAR (o climax d história tá p vir)

This page is powered by Blogger. Isn't yours?