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Monday, November 10, 2008

 

Manifesto anti-música-racional

A música toca-me, percorre o meu corpo com calafrios, deixa-me a pele e os pêlos eriçados, os olhos brilhantes, as pupilas dilatadas, é essa senha mágica que abre um portão no meu coração e é essa emoção que eu busco na música. Se um tema não tiver esse efeito em mim simplesmente desprezo-o.
Por isso não venham com coisas sobre o que é a música boa, eu sei o que é música boa para mim, não me venham com musicalidades eruditas, jazzadas experimentais complexas, música electrónica intelectual, música clássica ou o rock da distorção , se é só pela genialidade e se não despertar emoção em mim, podem ficar com ela só para vocês.



Venha daí a música com ritmo dançável e melodia tocante, venha daí a Salsa, a morna, o reggae, o Gumbe, o dancehall, o funana, a bossa nova, o pop brasileiro, a kizomba, o reggaeton, o soul, o Kuduro e tudo aquilo que vocês dizem que não é música por racionalizarem demais, é que a música é para se ouvir mas também é para sentir.

Comments:
Bolas...

Mas eu por vezes também exagero na linguagem e na maneira de dizer as coisas para me fazer entender (sim, bem sei que dizeres que se uma música não desperta emoção em ti, simplesmente a desprezas, não é bem assim).
Melhor: desperta-te sensações e emoções passíveis de serem associadas à indiferença. Confesso que, certas e determinadas alturas, tal como naquelas alturas em que gostamos da "dor psicológica", do sofrimento solitário, também há alturas em que as sonoridades que me transmitem sentimentos esquisitos e por vezes menos bons, me atraem.
Para mim, a música é principalmente para se sentir, depois ouvir. Sentir implica instinto; ouvir implica cérebro.
 
o que é isso de música racional? a música erudita pode também causar-te arrepios ou deslumbrar-te... o jazz experimental de fusão de whatever pode-te fazer entrar num mundo paralelo em que estás tu, os instrumentos e os músicos numa perfeita sincronia seguindo a linha de pensamento ou o instinto do contrabaixo falando com o piano, tentando como ouvinte e com um belo copo de tinto intrometeres-te nessa linguagem nessa conversa rápida entre instrumentos. dançando por dentro ritmos improváveis e nada típicos.
acho que há horas para tudo, há horas para dançar e para sentir a música no corpo todo. há horas para escutar a poesia de uma bossa e perderes-te na densidade do poema, há horas para aparvalhar com 80's, há horas para ler um livro e ouvir sakamoto, há horas para beber chá e ouvir sigur ros e pensar em filmes, há horas rock e de ouvir feist e the shins e pensar que estamos num filme indie.
há horas de ouvir ivan lins e chorar num concerto.
e o giro é redescobrir alguém que sempre nos pareceu distante e de repente perceber a dimensão do seu imaginário como artista...e voltar a um artista que sp nos disseram ouve ouve ouve mas ouve bem. e perceber porque raio é que este gajo é o poeta do rock...grande bob dylan.s
 
pois é, é exagero, não desprezo, o meu cerbero é que secalhar o faz instintivamente. Por vezes faço um esforço para tentar ouvir esse tipo de música interessante e por vezes não é um desperdicio e realmente há coisas a que acho graça, mas é assim como é com um quadro de gauguin ou van gogh que para mim são saborosos para a percepção visual em comparação com um daqueles quadros acinzentados da fase cubista de Picasso, ou as estranhas instalações dadaistas.

Quando eu falo na emoção que a música me dá, falo de uma sensação que tanto pode ser negativa como positiva, mas que é um sentimento e sentir é bom, faz-nos sentir vivos.

Não tenho é muita paciência para aquelas pessoas que adoptam aquela postura de intelectuais musicais que acham o que sabem o que é música, que acham que esta tem que ser complexa, é contra esses que vai este manifesto, também há feelling no jazz e em outras coisas mais estranhas, mas também há (nem sempre) tendência para complicar só para ser mais genial
 
Eu acho que quando essa dita complexidade resulta de uma vontade de complexificar e intesificar essas mesmas sensações,é louvável. Eu ae há chopessoas (não necessariamente eu, que gosto de musica com os sentidos e não com o conhecimento que nao tenho sobre ela) que tiram verdadeiro gozo de uma construção musical matematicamente complexa, da originalidade um experimentalismo.
Eu acho que há musica dançável que me prega a cadeira e me dá vontade de chorar e fugir.
Eu acho que ser esquisito com musica e racionaliza-a, faze dela tema de conversa, corporiza-la, discuti-la, é uma cena fixe. Desde que não me apareça, idiotas a falar do zumbido oblíquo das linhas de baixo e das texturas agri doce disto e daquilo. Porque acho que o que queres realmente dizer é que não há paciencia para pedantes que falam e opinam sobre musica como quem faz um ensaio filosofico,nao porque querem de facto falar e saber o que a musica provoca nos outros, mas para para terem um pequeno momento de exibicionismo masturbatório para que fiquemos todos manifestamente impressionados com o seu brilhantismo. Isso não tem que ver com usar ou não o racionalismo na fruição da musica.
Tem que ver, tão só apenas, com estupidez.

Beijos.
 
Jazzadas?? é boa musica mas também depende do que se ouve ou se toca, musica electronica intelectual também existe da boa, rock de distorção idem...
Ora kuduros, funanas, bla bla blas de dançantes também existem do melhor e do piorio,sei que gostas muito de musicas e és dos que não têm limites nessa perpectiva por isso não te vou rebentar os olhos com as minhas palavras, mas quero fazer-te arrefecer as ideias só com pouco...
Música é a arte de combinar os sons de modo agrádável aos ouvidos, ou seja qualquer som que seja emitido e que soe bem aos ouvidos de quem a ele se submete é música... agora se é boa musica ou não.... cada um saberá julgar...
 
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