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Wednesday, October 22, 2008

 

Entristece-me ver-te com essa máscara


Vives das aparências, ao ponto de as pores à frente de todos os valores e sentimentos, só andas com pessoas que possam aumentar o teu status social, expões a vida privada que já não tens, pois transformaste-a em função da imagem que queres dar aos outros. Veneras o desconhecido, o potencial ceptro social, por menos respeitável que este seja e negligencias o amigo verdadeiro, por mais respeitável que este seja.

Entristece-me ver-te com essa máscara que te embacia os olhos e te plastifica o sorriso.

Comments:
Como se costuma dizer do sorriso e daquela beleza simples de um guineense, não é pose, é postura. Não precisam de se ver ao espelho para treinar um sorriso -- fotogénico, sim -- mas que no meio daqueles dentes todos branquinhos (branqueados todas as noites por Colgate) ainda consegue ser amarelo. Aqui vivemos antes num bonito e sofisticado baile de máscaras veneziano, em que antes de aparecer em público as pessoas experimentam dois ou três trajes diferentes e umas cinco ou seis máscaras. Depois usam essa fatiota durante uns bons meses de seguida, limpando à superfície mas não conseguindo disfarçar um cheirinho a podre que de vez em quando ainda vem...
 
Brilhante apreciação, caro João ! Será uma questão de costumes ? Cultural ? O ocidente vive assim ? Seja como for, a pequena diferenã reside mesmo na sofisticação das fatiotas.
Neste caso específico, acho que o nosso amigo espeta o dedo bem mais fundo, numa ferida que nem sei se existe. Quer dizer . . . Em ti, caro Cortez, existe, e está bem aberta. Saberás da intencionalidade desse sentimento ?
Se o que dizes está dessa mesma maneira presente em ti, sugiro que o dirijas a quem de direito, pessoalmente e com todo o trato e sensibilidade que essa conversa merece.
Mas é só uma sugestão minha. . .
 
Este texto não é dirigido a ninguém em concreto, assim como nenhum dos textos que aqui publico, este blog não é um diário onde venho expôr a minha vida privada, portanto não é uma mensagem para ninguém. É sim um desabafo, a maneira que encontrei para expressar algo que já senti de amigos meus para comigo ou de amigos de outros para com esses, pessoas que negligenciam a amizade verdadeira em função de uma aparência que fantasiam que os fará mais feliz. Mas obrigado pelo conselho, se tiver um problema a resolver com alguém, tá descansado que não irei mensagiar por aqui e irei falar directamente com a pessoa...
 
cortez: não tinhas q justificar, mas obrigado pelo esclarecimento. Apenas o entendi assim porque, como autor deste blog, uso-o nesse sentido: I&I words são as palavras do que me vai na alma, normalmente. )Sim, exponho aqui partes da minha vida privada). E o que escreveste foi tão. . . íntimo, que o entendi nesse sentido. Sobre outros pormenores, falaremos "pessoalmente" (;
(e não, o barrete é pequeno para o meu cabeção grande, logo não me serve lololol)
 
Mas rosas "são as palavras do que me vai na alma""...É sim um desabafo, a maneira que encontrei para expressar algo que já senti"
Mas eu posso expressar o que me vai na alma sem descartar a minha vida privada sentimental. Um romançe também expressa sentimentos que o autor já sentiu sem sem ter que ser a sua vida privada, um poema, uma letra de uma música, são sentimentos so autor sem ser revelação da vida privada. Não te enfiei barrete nenhum, nem tentei
 
Claro ! Mas nem tanpoco questionei isso.
Para mim, expressar algo que sinto ou senti, é espelhar o que me vai na alma (que é bastante diferente de devassar a vida pessoal). É uma questão de Português (para variar lol) e sim, sei que não me enfiarias um barrete desses. Pelo menos desta maneira. lol



(ta-me a dar vontade de rir, esta conversa...)


Por falar nessas coisas, tens que ver a instalação que está presente no metro da Baixa, que promove o novo livro do Lobo Antunes. Ontem "perdi" uns 45 mins / 1hr lá dentro.
Mto bom.
 
Essas máscaras são frutos desta escrita
Foram amadurecendo até se colarem na cara
Uma prova física destas conversas impalpáveis
Um diálogo em que não se lê na face as palavras suprimidas de quem fala
Uma conversa entre mudos
Um baile de máscaras
 
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