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Monday, October 08, 2007

 

Prioridades políticas

Estava para aqui a ler sobre o novo filme do Michael Moore, o Sicko e cheguei á conclusão de que os E.U.A acham mais importante matar do que cuidar e salvar a vida dos seus habitantes…MASS???!!! Isto faz sentido? De acordo com o Instituto de Medicina dos E.U.A "a falta de seguros de saúde é a causa de aproximadamente 18,000 mortes desnecessárias todos os anos nos E.U.A …" Ao contrário do resto dos países desenvolvidos, os E.U.A não garantem cuidados de saúde á sua população. Como isso é um problema minoritário, o governo americano achou melhor investir em problemas prioritários como a defesa e gastar 300 biliões de dólares numa guerra. Percebe-se, é uma das potências mundiais, tem lá tempo para se preocupar com a qualidade de vida dos seus habitantes, o importante é manter aquela imagem forte que o mundo conhece dos filmes.

Comments:
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Já tive que estudar um bocado a indústria dos cuidados de saúde e fiquei intrigado com o sistema dos EUA.

Como sabes geralmente tenho uma posição liberal nas questões económicas, acho que não há nada como criar as condições necessárias de concorrência e deixar o mercado decidir por si. No entanto como qualquer regra há excepções e contra factos é difícil contrapôr teorias: por exemplo, nos EUA gasta-se per capita em cuidados de saúde mais do dobro do que se gasta no Canada.

Acho muito interessante esta avaliação da World Health Organization, referente a 1997, que coloca os EUA em 37º lugar mundial, com o Canada a ocupar a 30ª posição, o UK a 18ª (note-se que a National Health Service é a maior organização europeia) e a França o pódio. Curiosamente, Portugal ocupa a 12ª posição! Não deixa de ser engraçado, afinal de contas notícias deste género não costumam ser reveladas no telejornal, ou se são, rapidamente caem na obscuridade. Mas isto é outra história.

A questão que levantas é complexa alias como tudo na indústria dos serviços de saúde (e não digo isto da boca para fora, um investigador qualquer muito conceituado afirmou isto já nos 60s). Não vi o filme mas pelo que li parece-me que pinta a realidade mais simples do que ela é.

Por exemplo, no sistema de saúde britânico a seguinte situação é passível de acontecer: existe a hipótese de salvar ambos os olhos a um doente que sofre de X, através de um tratamento dispendioso; ao contrário do sistema português tipicamente será tomada a decisão de salvar apenas um dos olhos ao paciente recorrendo a fundos do estado. Se este quiser pode optar pelo sistema privado que existe em paralelo; mas o que é que acontece se o doente não tiver já um seguro de saúde? Terá que pagar uma fortuna se quiser ficar com ambos os olhos.

Em contrapartida no sistema português, não existindo este mecanismo de decisão de prioridades ("OK, os recursos não chegam para tudo; gastamos o mínimo possível para que o tipo não fique cego, mesmo que isso implique que ele fique zarolho"), há filas de espera monstruosas e o dinheiro não dá para tudo.

Aqui tens uma resposta que espero que te dê com que pensar, e claro, comentar de volta ;)
 
Infelizmente não tenho uma noção profunda do modo de funcionamento da saúde em Portugal, mas a verdade é que temos uma garantia de ter cuidados médicos se tivermos alguma complicação fisica, independentemente da nossa situação financeira. Claro que se formos mais abastados teremos acesso a uma melhor qualidade de serviço e é verdade que as filas de espera também são uma realidade complicada, mas ao menos temos essa garantia, coisa que nos E.U.A não se passa da mesma maneira. Não sei se chegaste a ler isto- http://www.michaelmoore.com/sicko/checkup/, mas isto apresenta factos chocantes sobe a saúde nos E.U.A e comparações com países como a Inglaterra e França que dão que pensar
 
Hey amigos! eu não já não me surpreendo com nada dos EUA, bastando para isso voltar para o "katrina" já se tinha noção do que iria acontecer no Estado de New Orleans, sendo que é o estado com mais afro americanos como eles próprios se auto intitulam e o seu Maior ( equivalente a governador regional) é Afro não prestaram auxilio no seu devido momento mas mesmo assim pouco tempo depois o presidente foi ao congresso pedir mais dinheiro para sustentar a guerra no Iraque, come on guys...
não dá! não dá, e o Michael More é uma dor de cabeça por falar de questões importantes para o mundo fora dos EUA.
 
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