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Saturday, July 28, 2007

 

Nossa Casamundo



Acordo de uma sesta veranil, não me lembro de ter adormecido numa cama de rede mas a verdade é que acordei numa. Faço um esforço para me lembrar onde estou, os primeiros segundos de despertar são passados numa sensação de estranheza, passado 5 segundos o meu cérebro lá processou a informação, estou longe de casa e isto assusta-me um pouco, o calor perturba a lucidez dos meus pensamentos, a variedade de aromas desconhecidos confunde-me os sentidos. Surge entretanto um aroma novo na sala, um aroma doce, frescissimo e de uma beleza quase visual, assim bonito como...um quadro de Gaugin por ventura. Oiço movimentos suaves a aproximarem-se e os meus olhos são abençoados com uma mulher de pele macia, escura e com um tom dourado, cabelo preto e brilhante, olhos rasgados, profundos e brilhantes, sua boca e as formas curvilineas do seu corpo no seu todo são um sorriso lindo e aliciante. Deu-me um sumo fresco e saboroso como ela certamente será. Senti-me em casa como muitas vezes não me sinto no meu país. Qual é o sentido de inventar linhas imaginárias para nos dividir se nos podemos identificar mais com um estrangeiro do que com um conterrâneo, se nos podemos sentir em casa em qualquer sitio do mundo? eu gosto do povo que vive dentro das mesmas linhas imaginárias que eu, da nossa cultura, da nossa tradição, é verdade que me identifico, mas sinto o mesmo por outras pessoas, culturas e religiões. Não me venham com a conversa da existência da necessidade de preservar as culturas e as tradições, uma tradição forte só se perde se o povo for fraco e ninguém é fraco quando sente, ama e se identifica.

Mundiano

Comments:
adorei ler o teu post titi

muito bem escrito
e um remate que dá que pensar
 
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Eu a ti tiro-te a pinta :D (gostaste da redundância ?) no fundo, a ideia é um tanto ou quanto paradoxal porque se, por um lado, não deveriam haver fronteiras nem linhas imaginárias, por outro, de que maneira preservarias uma ou outra tradição ou cultura, ou como identificarias essa mesma "região" ? (chamar-lhe região é estar a delimitá-la lol) mas..mas.. percebes ? (;
 
existem fronteiras óbvias entre as pessoas, é claro que somos diferentes culturalmente, fisicamente e etc. Existem caracteristicas que nos diferenciam, mas penso que isso não nos deve afastar. A existencia das tais linhas imaginárias tem a sua utilidade a nivel de gestão de território, o que eu penso é que essas linhas não nos devem separar nem gerar conflitos entre nós. Devemos encarálas como a solução mais prática que se encontrou para gerir os espaços e não uma barreira onde do outro lado estão os "Outros" que nunca deverão passar para este lado. Podes preservar uma cultura, dando-lhe um nome que até a pode delimitar, mas não é por ter um nome diferente do nosso que não nos devemos identificar ou que nos devemos afastar. Quando me oponho á existência de fronteiras, oponho-me á existencia de linhas de separação geradoras de conflito...u SEE? (;
 
E não podia estar mais de acordo contigo !!! Aí, é a maneira como o ser humano encara a "linha delimitadora/fronteiríça": ou sabe tirar partido dela e demarca regiões, culturas, e etc, absorvendo e partilhando para conhecimento mútuo um pouco de cada, ou usa-a como não deve ser, estipulando o território de "uns" e de "outros", gerando conflitos ! You know I see, as i know YOU SEE, mas gosto tanto de puxar por ti, meu amigo !! (:
 
tb gosto k puxes por mim e é sempre bom puxar por ti também. Há k espremer bem as questões para k n haja margem para dúvidas
 
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