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Friday, April 27, 2007

 

Lá na minha aldeia

Lá na minha aldeia não há carros
Nem tão-pouco estradas de alcatrão
Mas há a paz

Lá na minha aldeia não se vê televisão
Não se ouve o som da telefonia
Mas há a natureza

Lá na minha aldeia semeia-se
Colhe-se
Pesca-se
Não há fábricas
Nem tão-pouco há o excesso
Mas há o mar


Adérito Gomes
Algures em Portugal

Comments:
Muito obrigada pelo teu comentário no meu blog. Digo que fiquei bastante surpreendida com o que aqui tens escrito. Realmente estamos sempre muito longe de conhecer as pessoas e muitas vezes tambem nós mesmos desconhecemos muitas das nossas capacidades. Que bom seria se conseguissemos encontrar o equilibrio na nossa existencia. Que não fosse preciso estar numa aldeia ou privarmo nos de todas as tecnologias para saber olhar em redor apreciar e respeitar tudo o que sempre esteve lá para nós, a Natureza, a Paz, o Amor...Quando conseguirmos deixar de dançar para impressionar, quando conseguirmos "escutar" todos os corpos e entender a sua subtil linguagem, quando todos os movimentos forem puros e verdadeiros, quando tudo se fundir com um mesmo proposito, o de sermos todos UM entao poderemos alcançar uma existência plena de nós para os outros e dos outros para nós e poderemos unir o Céu com a Terra.Não fujas de nada... fazes parte de um enorme puzzle em que todas as peças são necessárias para que o TODO se complete. Continuem... sempre que me for possivel aqui estarei para vos ler e apreciar o muito que têm para dar. Beijinhos
 
Como seria a gente sem o gerente?

O senhor gerente

Para falar ao gerente
em nome de todos nós
se algum de nós o procura
assoma logo pela frente
secretário de cara dura
a dizer em alta voz
"não está o senhor gerente"

Nunca está presente
anda sempre ausente
bem longe da gente
o senhor gerente

Todos os dias à gente
repetem que ele saiu
e só amanha virá
Assim nenhum de nós viu
jamais o senhor gerente
mas as ordens que ele dá
essas sente-as a gente

Mesmo quando ausente
está sempre presente
a mandar na gente
o senhor gerente

Lá no escritório o gerente
e nós cá nas oficinas
o esforço da nossa lida
sem dar ouvidos à gente
guarda-o com unhas ferinas
somos a fonte da vida
os dinheiros são prò gerente

Eis a causa assente
de fingir-se ausente
dos rogos da gente
o senhor gerente

Mas senhor gerente
se mantém assente
fingir-se ausente
que fará a gente?

Já que não consente
em falar à gente
do salário da gente
vai ficar assente
que será a gente
o novo gerente

Manuel da Fonseca (1911-1993)
 
Penso neste poema como o eterno contraste entre a vida citadina e a vida campestre. Tão diferentes que se completam. Era bom ter a oportunidade de viver num local que oferecesse o melhor destes dois mundos, pois ambos têm a sua beleza e encanto muito particulares.
João, meu rapaz, continua que tás no bom caminho. "Yes I"!
 
ja nao abro mais a mao aquilo que nao sei.

quero ir p essa tua aldeia.
acho que la so lhe faltas tu que vieste para o lado de ca, adérito.
 
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