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Friday, March 02, 2007

 

Quando o governo desgoverna


Hoje em dia as rotas das drogas, assim como as suas proveniências são mais que conhecidas. É sabido que a maioria dos canabinoides, principalmente o Hash vêm de Marrocos e do médio oriente, a Cocaína que vai para os E.U.A e mesmo para a Europa vem da América do Sul e a Heroína chega á Europa vinda do médio oriente. Mas se assim é, porque é que ainda não se erradicou o negócio da droga do mundo, uma vez que há tanta informação precisa sobre a sua origem?
Já me pus esta questão algumas vezes e sempre suspeitei de uma resposta: há forças poderosas interessadas em que este negócio se mantenha vivo. Não falo só dos produtores e traficantes mais enriquecidos, falo também de políticos e empresários que têm as mãos sujas deste dinheiro que a uns trás prosperidade a outros trás ruína. Pude confirmar esta suspeita a semana passada ao visionar um documentário que passou no canal 2. Esta peça falava do fenómeno da heroína no Afeganistão, começava por acompanhar um dia de um toxicodependente em Cabul. É impressionante a maneira como este sujeito é tratado pela população que o insulta publicamente em grupo, atira-lhe objectos e empurra-o como se fosse um cão. É tratado de tal maneira que nos faz pensar que os toxicodependentes do nosso país têm um tratamento de luxo e que o sonho dos drogados no Afeganistão provavelmente é serem toxicodependentes na Europa. Mas o que mais choca no documentário é a maneira como se processa o negócio da heroína neste país onde o irmão do presidente é acusado de ser um dos maiores produtores de heroína do país. Passando para outra cidade mais a norte do Afeganistão onde se encontram a maioria das plantações de papoula, a planta de onde se extrai o ópio e a heroína. Nesta cidade a pobreza da população é visível, parece não haver uma classe média, avaliando os edifícios de habitação e as casas mais pomposos são autenticas mansões. Ao chegar ao bairro onde se encontram este tipo de habitações, os jornalistas responsáveis pelo documentário resolvem perguntar a um policia que está a guardar uma casa “de quem são estas casas” ao que este responde que são de traficantes de droga, “mas todas?” pergunta o jornalista, “algumas são de membros de governos e de embaixadores mas a maioria são dos traficantes” responde-lhe o oficial da lei. Isto pode parecer estranho mas se tivermos em conta que a economia deste país “depende da agricultura (principalmente da papoula) e da criação de gado”, isto começa a fazer algum sentido. Passado um bocado os jornalistas conseguem que alguém os leve a uma plantação de papoula e ficam espantados quando se apercebem que esta fica a poucos quilómetros da cidade onde estavam e não parece estar minimamente escondida. Chegados lá são orientados pelo responsável pela plantação que se recusa a identificar o dono da plantação dizendo apenas que têm que pagar uma percentagem dos lucros de exportação a Talibans. Os jornalistas comunicam com funcionários da plantação que alguns deles não parecem ter mais de doze anos e passado um bocado têm que se retirar porque são avisados que os Talibans devem estar a aparecer e que se por acaso vêem os jornalistas na plantação que os matam a todos. Dirigem-se então, guiados pelo responsável pela plantação a casa do presidente desta cidade o que só por si é muito suspeito. Durante a sua investigação, os jornalistas ainda vão a um mercado que segundo dizem funciona como a bolsa, é onde se estabelecem os preços, se testa a qualidade dos produtos e se faz as transacções comerciais e têm acesso a produtos empacotados e selados, estes selos de fabricante são autênticos logótipos publicitários, com slogans, desenhos de camelos palmeiras ou mesmo seringas, o nome do fabricante e se for preciso a morada e contactos.
Chegamos á conclusão que este negócio no Afeganistão funciona como sendo legal mas a verdade é que não é, assim como o negócio da cocaína na América do Sul, mas se os governantes estão envolvidos no comércio e de certa forma o protegem é natural que este negócio prospere e que atinja a Europa e outras zonas do mundo.

Comments:
É mesmo assim, tinga.. Uma vergonha. E não é preciso ir tão longe: voltaste a ouvir falar do caso "party" (que envolvia o Miguel Beleza) ? E, atenção, não foi uma apreensão astronómica.. Partindo da base do hashish, por ser a "droga" menos prejudicial e mais acessível, já há lobbies sufucientes a não permitir a sua legalização (nem sequer a discussão) que, obviamente, devem ganhar à conta... portanto, imagina no que toca ao resto... ! Já agora, deixo a sugestão, que não tem nada a ver mas pronto: para quem está dentro, o filme "A Profecia Celestina" é um bom "avivador de memórias" (; Para quem está completamente fora, está suficientemente simples para ser percebido por qualquer um, para todos podermos fazer o nosso papel enquanto seres em constante evolução... (=
 
E a proposito desta realidade, ontem o prós e contras foi precisamente sobre droga, mais especificamente as "salas de de chuto". A ver se hoje ainda escrevo um post sobre um aspecto da discussão que me fez questionar...
 
Depois de ter terminado com o "Postaias da Novalis" a 5 de Fevereiro, para me dedicar mais à astrologia, tenho aproveitado este tempo para desenvolver mais os conceitos evolutivos dos signos do zodíaco, como base elementar desta nossa reencarnação.

Aqui fica o convite para conhecer melhor o signo onde está o seu sol de nascimento, podendo também copiar o dos seus familiares e amigos.

Copie-os para o word, para melhor poder reflectir sobre o signo mais importante do seu zodíaco.

Agradeço comentários no sentido de melhorar os textos, aprofundando-os.

Um abraço,

António Rosa
 
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