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Monday, November 07, 2005

 

,Meyukia (3ª parte do incrivel mundo de Azi)

Chegaram ao ponto mais alto da bola e Azi começou a ver que a pele da bola naquela zona tinha uma certa transparência de onde se via um planetazinho colorido. Viu o seu professor entrar nessa transparência e foi atrás. Subiram por um tubo com a mesma textura da bola onde estavam. De repente Azi sentiu a gravidade a mudar de sentido e em vez de estar a subir estava a cair. Foi então que começou a voar juntamente com Jaime perfurando nuvens quentes e atravessando mini galáxias de variadíssimas cores. A certa altura Azi foi surpreendido por uma espécie de dragão fofinho, amigável que lhe pareceu estar a querer comunicar com ele. Olhou para o professor com um ar interrogativo e este disse-lhe: -Ele está a pedir que montes nele. Ele e o amigo dele que já vem ai vão nos levar ao templo de Meyukia onde estão as pessoas que querem falar contigo.Os dois companheiros montaram cada um num amigável dragão meyukiano e lá foram andando pelo incrível mundo de Meyukia

Pelo caminho Azi foi surpreendido por uma realidade completamente desconhecida e verdadeiramente fascinante. iam relativamente alto e por baixo deles estava um mundo colorido e animado. Azi ao deparar-se com o cenário sentiu-se completamente encantado, voava nele uma sensação agradável e extaziante que nunca antes tinha sentido, incomparavelmente melhor do que a que sentia das vezes que teve sobre o efeito de alucinogénicos. O professor sugeriu descerem para poderem apreciar a paisagem mais perto, assim o fizeram e começaram a atravessar um vale verdadeiramente maravilhoso. O vale era grande e de uns tons de verde variados, juntamente com cores que não existem no nosso mundo, havia uma abundância de cascatas impressionante, havia umas que não se percebia de onde vinham, havia outras em que a água era cor de laranja clarinha, verde fluorescente ou azul índigo e havia umas que pareciam dançar ao som de uns pássaros de transparência colorida, que voavam pelo vale em grandes bandos. Á medida que desceram foram invadidos por uma temperatura e uma quantidade de aromas verdadeiramente gostosos, tipo lima com sândalo, mel, baunilha, gengibre e frutos silvestres. Junto ao solo por onde flutuavam a uma velocidade adrenalizante, rasaram arvores, desceram, subiram, atravessaram neblinas coloridas, tudo isto perseguidos por estranhos, mas doces animais voadores que andavam em grupos divertidos, eram como golfinhos perseguindo os barcos no mar mas mais parecidos com cãezinhos voadores. No fim da densidade do bosque irreal que percorriam mergulharam noutro vale alucinante, aqui o jovem reparou que o seu dragãozinho deixava um rasto como deixam os barcos na água. O professor conduziu-os a uma superfície neste vale, feita de uma espécie de relva almofadada. O professor sugeriu saírem para pisarem o solo e descansarem:
-Vamos parar aqui uns minutos, vais gostar deste sitio, vamo-nos deitar um bocadinho neste terreno agradável. Vou só buscar algo para beber ou comer, estás com fome ou sede?
-Mas há alguma coisa para comer neste sítio? Não vejo nenhum restaurante ou mercearia.
- Acho que não é preciso lembrar-te que os produtos alimentares vem da natureza, mas queres ou não provar alimentação Meyukiana?
-Ya se faz favor
-Tábem, mas não desapareças pelo ar.
Este pedido do professor deixara Azi um pouco á toa, resolveu levantar-se para ver onde Jaime ia buscar comida mas o movimento foi inesperado. Olhou para baixo baralhado e reparou que o chão estava a cerca de um metro abaixo do seu corpo. "Estou a flutuar" pensou ele. E estava mesmo, ao princípio sentiu-se estranho, com alguma dificuldade em controlar o rumo do seu corpo, mas depois de umas quantas reviravoltas lá percebeu. Começou a dar aos braços como se nadasse debaixo de água e já controlava o seu corpo. Foi então que apareceu Jaime, nadando bruços, com o que parecia ser um coco grande e uma casca de coco meyukiano coma pasta estranha. Este cenário deu uma vontade de rir abertamente a Azi e riram-se os dois flutuando pelo ar.
-O que é isso? - Perguntou o jovem ao professor apontando para as espécies de coco
-Isto é Coco meyukiano e resina do coqueiro meyukiano, é um conjunto bastante nutritivo e agradável, prova.
Azi provou e gostou sentiu-se mais revitalizado, acabaram de comer, brincaram um bocadinho pelo ar, passearam por uma ilhéus que havia suspensos no ar do vale onde estavam. Acima dos ilhéus já havia gravidade, o que dava uma sensação irreal e fascinante. Os amigáveis dragões meyukianos já não estavam com eles mas o professor disse que eles já não seriam precisos, a refeição que tomaram permitia-lhes voar. O professor mandou um salto que o fez desaparecer nas nuvens lilases que estavam no céu, o aluno seguiu-o e foram voando no alto céu, apreciando a vista maravilhosa que abençoava seus olhos. A dada altura, Azi começou a reparar numa civilização, formadas por casitas bonitas com jardim e hortas, rodeadas de rios e cascatas. Há medida que avançavam para o centro, o movimento de pessoas era maior e as hortas menos presentes. Azi olhou em frente e viu que há sua frente estava uma espécie de montanha com o topo liso, de uma flora espantosa. Das bordas do topo da montanha saíam cascatas que alimentavam a cidade ou vila toda de água. A superfície do topo da montanha era toda em relva e tinha uns edifícios que consistiam apenas em colunas apoiando uma pala grande. Havia umas piscinas naturais com cascatas pequenas. Há volta desta piscinas havia exemplos perfeito da sensualidade femenina, que se passeavam pouco vestidas ou despidas. Junto destas ninfas havia uma ambiente de harmonia e frescura que deixara Azi hipnotizado. Apareceram uma data de borboletas de cores espantosas que o conduziram ao sítio onde estavam as sorridentes musas. Quando Azi já se estava a derreter nos afectos das beldades Meyukianas o professor teve que o ir lá buscar para cumprir a missão que os tinha levado até ali
-Agora vais conhecer as pessoas de que te falei - Avisou o professor.
Azi não respondeu, ainda estava sobre o encanto do poder feminino de Meyukia, limitou-se a seguir o professor. Chegaram a um sítio absolutamente lindo e divino e dirigiram-se a uma arvore que o professor disse ser a árvore onde o Buda teve a revelação. Lá estavam um grupo de aproximadamente 15 pessoas em que se via facilmente quem comandava. Era um homem e uma mulher de aspecto pacifico, descontraído e amigável. Eram ambos muito bonitos, sem raça ou cor definida, seus olhos e bocas sorriam em harmonia e transmitiam uma sensação de conforto e compreensão, falavam calmamente, num tom de voz agradável e melódico. Jaime dirigiu-se a eles, abraçando-os comovido, apontou para Azi e eles sorriram para o jovem e convidaram-no a juntar-se a eles.
-Olá Azi, prazer em conhecer-te, já estamos á tua espera desde que nasceste, tu és um ser especial e temos vindo a acompanhar a tua vida e hoje foi o momento indicado para te dar a conhecer esta realidade. Eu chamo-me Jeva Gotem e esta é minha mulher, Shevy óiris. Nós gerimos Meyukia e tratamos de todos os seres que estão destinados a passar por cá. Já exercemos esta função há uma eternidade e deves saber que este sitio é uma zona de passagem, a não ser que se seja um funcionário de Meyukia. Mas os que chegam cá como tu chegaste, têm como destino voltar ao seu local de origem e revolucionar positivamente a sua cultura de origem. Como tu, já chegaram muitos, desesperados, desiludidos com o mundo que sentem que não os compreende. Quando um ser especial, encarregue de mudar o mundo onde vive, começa a pensar em desistir, nós acolhemo-lo para lhe abrir os olhos, dar-lhe esperança, conhecimento e vontade de atingir o seu objectivo. Tu és uma dessas pessoas, tens um tipo de energia que bem usada pode influenciar o mundo fortemente. É esse o teu destino. Como tu, já pessoas tuas conhecidas passaram por cá, o primeiro a escrever sobre este sitio foi Thomas Moore no livro Utopia, depois dele houve alguns que passaram por cá em viagens feitas com os índios da América do sul, outros ouviram falar e tornaram Meyukia num mito mas com o nome El Dorado. Entretanto passaram por cá pessoas ilustres como Ghandi e mais recentemente, passou por cá Bob Marley. Deves-te lembrar de uma musica deste senhor chamada I know a place que é precisamente sobre Meyukia. Como vês, este sitio não é mentira e existe para dar esperança, motivação, inspiração e riqueza espiritual àqueles que tem a mesma missão que tu. Vais ficar aqui um mês, mas podes tar descansado que aqui em Meyukia, um mês passa em 12 horas pois aqui o tempo tem outra dimensão, aliás não estás na mesma dimensão a que estás habituado, estás num mundo que existe mas que tu e os teus não sentem em estado normal. Enquanto estiveres aqui, vais meditar, vais aprender sobre filosofia, espiritualismo e mundiencias, vais te divertir, explorar, relaxar, vais passar por todo o tipo de sentimentos e sensações. Vais gostar de aqui estar e vamos gostar de te ter... Tens alguma pergunta?
Azi ficou a sorrir ainda embalado na conversa, olhou para Jeva Gotem e movimentou a cabeça negativamente, depois lembrou-se e disse-lhe que tinha muitas perguntas para lhe fazer mas que iriam ter tempo, sorriram e começaram a conversar.
Durante o tempo que Azi passou em meyukia, fez tudo o que Jeva Gotem lhe tinha dito e chegou a um estado de iluminação que lhe deu muita força. Na terra, tornou-se uma pessoa melhor, menos virada para ele, mais virada para o mundo e para as pessoas, aplicou-se mais em tudo o que se envolveu e deixou de consumir alucinogénicos. Poucos anos depois voltou a Macau e foi cativado por muitos lideres espirituais que sentiram uma energia enorme vinda de Azi, em Portugal ganhou uma data de seguidores que acreditam que ele vai conseguir mudar o mundo á sua maneira.

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